Previsibilidade da Energia Eólica

Autores/as

  • Ana Rosa Trancoso Instituto Superior Técnico, Secção de Ambiente e Energia
  • J. A. Delgado Domingos
  • Rui Pestana REN-Rede Eléctrica Nacional

Resumen

 A ponta do consumo actual de energia eléctrica em Portugal é de cerca de 8000 MW e a potência instalada nos parques eólicos no final de 2005 era um pouco superior a 1000 MW, dos quais apenas cerca de 300 MW tinham telemedida com a REN (Rede Eléctrica Nacional). De todos os parques apenas um fornecia, simultaneamente, a velocidade do vento. Em 2005 foram instalados 419 MW, prevendo-se que em 2010 a potencia instalada ronde os 4500 MW.  Tal como em Espanha, a muito rápida expansão do aproveitamento da energia eólica deve-se a um regime tarifário muito favorável, cuja sustentabilidade começa a ser posta em causa pelos problemas que a estabilidade da rede eléctrica levanta se a penetração da energia eléctrica de origem eólica continuar à taxa prevista. Efectivamente, se a integração na REN da produção eólica é trivial para pequenas penetrações (~<5%), para taxas superiores ela é crescentemente problemática sobretudo se não for acompanhada de uma previsão fiável e com a adequada antecedência. Esta antecedência depende da finalidade da previsão. Se a finalidade for o acerto fino do consumo com a produção, com tempos de resposta da capacidade de reserva inferiores a 1~3 horas, um modelo de persistência, baseado exclusivamente em séries temporais poderá ser suficiente. O limite superior da sua aplicabilidade pode ser aferido pela autocorrelação da velocidade do vento ou da produção no parque (figuras 1 e 2). O exemplo seguinte, para um parque eólico no norte de Portugal, no período de Julho a Dezembro de 2005 ilustra este ponto.

Citas

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Publicado

2020-03-14